quarta-feira, 25 de maio de 2011

Manifesto das Cadelas - Parte 2


A característica mais
proeminente de toda Cadela é que elas rudemente violam concepções de condutas
de papel sexual apropriadas. Elas violam de modos diferentes, mas todas elas
violam. Suas atitudes com respeito a si mesmas e outras pessoas, suas orientações
objetivas, seu estilo pessoal, sua aparência e modo de manejar seus corpos,
todas chocam as pessoas e as fazem se sentirem incomodadas. Às vezes é
consciente e às vezes não, mas pessoas geralmente se sentem inconfortáveis em
volta de Cadelas. Elas consideram aberrações. Elas acham o estilo delas
perturbador.... Uma Cadela é brusca, direta, arrogante, às vezes egoísta. Ela
não tem inclinação para os meios indiretos, sutis e misteriosos do “eterno
feminino”. Ela desdenha da vida vicária considerada natural para as mulheres
porque ela deseja viver uma vida própria. Nossa sociedade tem definido a
humanidade como os machos, e as fêmeas como alguma coisa diferente dos machos.
Deste modo, fêmeas poderiam ser humanas apenas ao viver por delegação através
de um macho. Para ser capaz de viver, uma mulher tem de concordar em servir,
honrar, e obedecer a um homem e o que ela obtém em troca, na melhor das
hipóteses, é uma vida de sombra. Cadelas se recusam a servir, honrar e obedecer
qualquer pessoa. Elas demandam serem seres humanos completos, não apenas
sombras. Elas desejam ser igualmente fêmeas e seres humanos. Isto faz delas
contradições sociais. A mera existência de Cadelas nega a idéia que a realidade
de uma mulher deve acontecer através do relacionamento dela com um homem e
contesta a crença que mulheres são crianças perpétuas que devem sempre estar
sob orientação de alguém

Beijinhos  @CarlaWinne  

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